Se há algo em comum entre as ditaduras socialistas que já foram instauradas em todo o mundo - além do fato de nenhuma ter dado certo - é o seu anticristianismo, que culmina em fortes e sangrentas perseguições contra os cristãos e contra tudo o que os represente ou demonstre sua fé. Todos contra os cristãosÉ inquestionável a perseguição sofrida pelos cristãos, tanto católicos quanto protestantes, por parte de regimes autoritários dos tempos atuais, pela patrulha ideológica do politicamente correto - ou politicamente morno - e do multiculturalismo desprovido de uma cultura autêntica. Porém não é de hoje que aqueles que seguem o Cristo e seus ensinamentos sofrem intentos violentos e altamente inescrupulosos... O próprio Senhor e os seus discípulos foram alvos de escárnios e zombarias, conforme relatado a seguir: O próprio Cristo sofreu esse tipo de perseguição. Nosso Senhor Jesus Cristo, de forma injusta e cruel, foi zombado e insultado por muitos, especialmente no final de sua vida. Jesus já sabia que esse tipo de perseguição o esperava (Lc 6,32). E foi exatamente o que aconteceu com Ele antes e depois de ser pendurado na cruz. Ele foi zombado pelos soldados, (Mt 27,29-31); pelos que passavam perto da cruz (Mt 27,39-40); pelos líderes religiosos (Mt 27,41-43); pelos dois ladrões que estavam ao seu lado (Mt 27,44). Ninguém foi tão insultado e zombado quanto o Senhor Jesus Cristo e nem será. No entanto, Ele afirmou que seus discípulos sofreriam perseguição por meio de insultos e zombarias. “Como o Senhor, também os servos”, Ele disse. Seus discípulos foram os primeiros a serem zombados e insultados por causa de sua fé em Cristo. [1] A Religião do deus EstadoBasta checar qualquer fonte histórica confiável para se deparar com a realidade dos fatos: nos últimos séculos, grande parte das perseguições instauradas por ditaduras contra os cristãos foram encabeçadas por governos e governantes que aspiram ideologias socialistas, como as inspiradas pelo falsário Karl Marx. Para aqueles que defendem um sistema de governo no qual o poder do Estado e sua atuação são maiores - ao ponto de acreditar que este possa ser onisciente, onipotente e onipresente, tal qual um ser divino - é fácil perseguir religiões e formas de culto, pois são concorrentes de sua "religião estatal". Nesta seita, o deus adorado é o Estado e os seres angelicais e perfeitíssimos são chamados governantes - os líderes populistas que inflam de luta de classes os seus discursos - que agem como divindades cocriadoras, participantes da redenção final, sem ter parte nos pecados e erros desta criação. A ideologia marxista não tolera concorrência, por que até mesmo a mais simples teoria com um pouco de base na palpável realidade seria capaz de detonar sua audaciosa tentativa de estar a cima de todas as outras ideologias e teorias, por isso precisa ser colocada em um pedestal de intocabilidade de forma que ninguém ouse duvidar de sua infalibilidade. Além de ser uma ideologia perversa, o socialismo - ou comunismo - é uma ideologia altamente controversa, por pregar a tolerância com o diferente, com a diversidade e pluralidade de pensar, mas rejeitar e condenar qualquer oposição e dissidência por mais simples e fraca que seja. Uma pedra no meio do caminhoOs governos e estadistas que carregam em si a bagagem do socialismo são embriagados pela sede de poder, de dinheiro e de bajulação. Lhes falta humildade de reconhecer que um sistema econômico e político não será o "salvador da pátria" - muito menos um homem só -, mas sim a atitude e a vontade de cada um dos membros da sociedade. O cristianismo contrapõe toda forma de poder que subjugue os indivíduos e lhes retire as liberdades inerentes à condição humana - livre arbítrio -, e defende com todas as suas forças a legitimidade e a sacralidade da vida. Esta posição contrária a tudo o que o "deus estado" ordena faz com que membros da Igreja Católica e de todas as igrejas protestantes que se declaram cristãos e professam sua fé publicamente sejam considerados infratores. Seus crimes? Crer e defender a fé e se submeter única e exclusivamente ao poder e senhorio de Jesus. Todo aquele que se opõe a um regime ditatorial é considerado uma ameaça... e nós, católicos e cristãos, somos - ao lado de liberais, conservadores e demais sensatos - considerados os piores e mais vis seres humanos que já pisaram no mesmo solo em que eles, os seres revolucionários e divinais pisam e constroem uma nova ordem mundial. Novas causas, velhos atos.
Na vossa terra, veneráveis irmãos, ouvem-se vozes, em coro cada vez mais forte, que incitam a sair da Igreja. Entre os mentores, há alguns que, por sua posição oficial, tentam divulgar a impressão que tal afastamento da Igreja, e por conseguinte a infidelidade a Cristo Rei, constitui prova particularmente convincente e meritória de fidelidade ao Estado atual. [2] A encíclica escrita por Pio XI possuiu em sua mensagem a participação ativa daquele que seria seu futuro sucessor no comando da Igreja Romana: Pio XII - que manteve em nome e em pensamento a ideia de continuação do legado antiautoritário do corajoso pontífice antecessor. Contrariando muitos dos boatos e falsas acusações que rondavam a cúria da Igreja Católica em tal época, um dos mais corajosos líderes que proclamaram maléfica a sanguinária ideologia nazista foram estes dois santos padres. Há na carta, dois aspectos que saltam aos olhos, ao que o Padre Paulo Ricardo comenta em matéria publicada no seu site: Havia vários aspectos singulares na encíclica. Primeiro, sua autoria única e original em alemão foi um sinal de solidariedade aos fiéis católicos da Alemanha e um lembrete de o que exatamente a encíclica estava condenando. Segundo, Mit brennender Sorge exibiu algo raramente visto em um documento papal: raiva. [3] Além do tom raivoso, desprezo e escárnio também sobressaem-se aos leitores, demonstrando tamanho descontentamento e oposição do Santo Padre para com as atitudes e as ideias nazistas: Só espíritos superficiais podem cair no erro de falar em Deus nacional ou em religião nacional, e empreender a louca tarefa de incluir nos limites dum só povo, ou na estreiteza étnica duma só raça, a Deus, Criador do mundo, rei e legislador de todos os povos, diante do qual “as nações são como uma gota que cai dum balde” (Is 40, 15). Sendo assim, estas formas de "religião estatal" que vemos hoje sendo implantadas na Bolívia e na Venezuela não passam de cópias daquilo implantado por Hitler no século passado, e que fora veementemente condenado pela Igreja Católica. Ao que tudo indica, os países latino americanos pretendem seguir o mesmo caminho de nacionalismo exagerado e imposição de um comportamento padrão aos indivíduos por parte do governo - conforme os moldes coletivistas e impessoais inspirados por Marx e seus discípulos fiéis. Ou santos ou nadaA Sagrada Escritura diz que não há lugar para covardes e medrosos no Reino dos Céus (Ap 21,8). É preciso ter coragem e firmeza na fé, assim como tantos outros tiveram, para contrapor-se aos regimes que nos retiram a força da liberdade. E o próprio Jesus afirma: “Bem aventurados os perseguidos”… porque deles é o Reino dos Céus. Há uma imensidão de homens e mulheres que viveram em santidade sua vida, mesmo nos momentos de perseguição, e ali ganharam a amizade de Deus. Entre eles, fulgura São Maximiliano Maria Kolbe, cavaleiro da imaculada que foi enviado para um campo de concentração e ofereceu-se ao fuzilamento em troca da vida de um pobre pai de família. Outra grande santa que enfrentou o horror nazista por ser freira cristã e possuir descendência judaica foi Santa Teresa Benedita da Cruz - ou Santa Edith Stein - que foi enviada para o campo de concentração de Auscwitz junto de sua irmã Rosa. Ambas receberam o mesmo fim: morreram nas câmaras de gás e tiveram seus corpos queimados. No Vietnan, o Venerável Cardeal Van Thuan foi testemunha do amor e da misericórdia de Deus aos guardas que o mantiveram no cárcere por 13 anos. Não foi morto pelo regime comunista, mas sofreu no cárcere por mais de uma década, e fez dele sua escola de santidade e de amizade com Deus, assim como tantos outros, os três citados aqui não tiveram em momento algum o desejo de renegar sua fé... Despojando-se de si mesmos, fizeram com que Cristo vivesse neles, a tal ponto de não temer mais a morte, mas sim viver negando ao Senhor. Empunhemos nossas armas!"Dá paz, ó Senhor, em nosso tempo. Pois não há ninguém que há de lutar por nós, senão Tu, nosso Deus" É o que canta uma antiga composição atribuída aos templários (Conheça a Ordem dos Templários clicando aqui). Ainda hoje cantamos e pedimos ao Senhor esta paz, pois nenhum governo será capaz de nos dá-la, muito menos um governo socialista/comunista. Precisamos estar prontos, preparados pela fé, verdade e justiça, revestidos com a armadura que Deus nos concede, para vencer as ciladas destes inimigos perigosos e poderosos. Leia Mais
Notas:
[1] Perseguições e Sofrimentos Mt 10, 17-22. Homilia disponível no site da Canção Nova. Acesse Aqui; [2] Encíclica Mit Brennender Sorge, do Papa Pio XI. Disponível Aqui; [3] Uma das encíclicas mais corajosas já escrita por um Papa. Do site padrepauloricardo.org. Disponível aqui.
Comentários
|