Estamos a poucas semanas da eleição mais esperada há anos. Dia sete (07) de outubro o brasileiro irá decidir entre manter o status quo - ou piorá-lo - ou alterar a situação política e econômica do país e reestruturar as bases de uma nação quebrada pelo viés ideológico de seus presidentes e intelectuais. Mas a disputa eleitoral ainda corre, e os resultados das últimas pesquisas garantem que nem tudo está ganho, nem para o lado da "direita" como para o da "esquerda". Sem a presença política de Luiz Inácio Lula da Silva, preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o país aguarda a reta final do período de campanhas para saber quem melhor se posiciona nas pesquisas. Veja os resultados da última pesquisa Ibope:
Amarelo: leve oscilação ou estagnação; Azul: crescimento percentual; Vermelho: redução percentual. A margem percentual de erro da pesquisa é de 2 pontos, para mais ou para menos, o que faz com que o candidato mais bem posicionado, Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB) e Álvaro Dias (PODEMOS) não estejam entre os que tiveram um aumento de intenção de voto. No hall dos que subiram na intenção para a eleição do dia sete estão: Fernando Haddad (PT), com um aumento de 5% em relação à última pesquisa e Ciro Gomes, com um aumento de 3%. Já Manina Silva (REDE) teve uma queda significativa em relação ao último questionamento, tendo apresentado uma alteração de 5% a menos na intenção de voto. A pesquisa revela dados importantes sobre o pleito, como o fracasso da campanha difamatória de Geraldo Alckmin contra Jair Bolsonaro, além do expressivo aumento de intenções de votos obtidos por parte do candidato do PT, Fernando Haddad, que ainda exibe em suas propagandas na televisão vídeos do ex-presidente Lula, e indica Haddad como vice de um presidente que não é mencionado. A questão da falta de candidato do PT pode ser explicada por uma tentativa de assegurar os votos que o partido recebe por conta do culto à figura bondosa e esmerada na luta contra as injustiças sociais que é apregoada junto à imagem de Lula. Com tal estratégia o partido conseguiu manter os seus fiéis e assegurar um crescimento percentual até bastante significativo em relação às pesquisas anteriores, o que mostra a fidelidade do eleitor deste partido para com a imagem que ele lhe apresenta e também o fiel seguimento ao líder da organização. Agora a campanha se divide em duas chapas: uma com Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT), e outra com Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB). O segundo turno será decidido entre estas duas colunas ideológicas: uma que defende um maior aparato estatal e proclama aos quatro ventos uma justiça social e um programa de governo altamente assistencialista e populista e uma corrente que defende um estado menor, gerido de forma eficiente e que rasgue o cordão que nos liga ao passado de inglória que foi deixado pelo PT. Alckmin usa da velha fórmula da intriga para desarticular seus oponentes e abusa do seu tempo prolongado de televisão para acusar seus adversários e tentar angariar os votos daqueles que são "atingidos" por suas opiniões. Este movimento, amparado do movimento de conversão dos votos em Lula para Haddad fazem com que o segundo turno se defina nestas chapas, que definirão um vencedor em cada grupo, para disputar o segundo turno. Aguardamos os próximos capítulos da novela eleitoral brasileira para saber quem será o vencedor deste jogo. Fontes:Datafolha: empate quádruplo em 2º lugar e pouco efeito para Bolsonaro após ataque. Por El País Brasil, disponível em: <brasil.elpais.com/brasil/2018/09/10/politica/1536595764_935144.html>;
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