Você já parou pra pensar como estamos sem liberdade para pensar e expressar nossa opinião hoje em dia? Muitos podem duvidar, e tentar provar o contrário, mas a verdade é que os tempos que estamos vivendo são de forte repressão ao diferente, e até mesmo, exclusão daqueles que não seguem o mesmo raciocínio ideológico que a grande massa. Isso, graças a hoje sermos reféns do senso comum e de um falso politicamente correto. Estamos caminhando para um tempo onde é cada vez mais difícil termos a liberdade de expormos nossas ideias, de confrontar o pensamento alheio. Docentes, meios de comunicação e "intelectuais" dos nossos dias, tentam cada vez mais nos padronizar em questões relacionadas à moralidade, sexualidade e política. Somos constantemente tratados como massa de bolo: maleáveis conforme a vontade do cozinheiro, e postos em um mesmo tipo de forma. "Todo mundo pensa assim, você também deve pensar..." é o que falta ser dito explicitamente, mas é dito para cada um de nós, dia após dia, por todos os meios e formas possíveis de maneira subjetiva. São especialistas nisso, os comunicadores e "intelectuais", como citei acima. Os que lidam com os meios de comunicação são mestres em persuasão e manipulação. Cada palavra de um texto, cada imagem em uma matéria, mesmo que em veículos diferentes, formam todos juntos uma mensagem padrão, que visa moldar nossa forma de pensamento. Para isso, é muito comum que os mass media utilizem-se dos "intelectuais" que em sua grande maioria, são como que bonecos ventríloquos, transmitindo sempre a mesma narrativa, a mesma ideologia. Seres inanimados - no sentido mais literal da palavra - que apenas servem de fantoche para a doutrina que pregam. Exclusão do diferenteSemanalmente vemos em nossa timeline do Facebook vídeos que falam sobre inclusão, sobre o respeito às pessoas e às diferenças, sobre o quão melhor seria o mundo sem pessoas que excluem o divergente. Não raramente, vemos também, os mesmos meios que publicam e colocam no ar matérias sobre essa aceitação do pensamento oposto, subjugando e menosprezando aqueles que pensam de forma contrária em determinados assuntos. A esse fenômeno que vivenciamos diariamente, chamamos hipocrisia. Quem pensa diferente de alguém, não é contra essa pessoa, mas sim contra a ideia, ou o conjunto de ideias apresentado por ela. Apesar de parecer normal e justa, a frase anterior está cada vez mais difícil de ser colocada em prática, e é cada dia mais comum vermos haters declarando ódio a quem é contrário a sua ideologia. Voltando ao tema de exclusão: quantas vezes já presenciamos, ou sofremos um ato gratuito de discriminação por conta da forma que pensamos? Falando por experiência própria, eu mesmo, sofri e ainda sofro várias discriminações em diversos ambientes por conta do meu jeito fora do padrão atual de pensar. É cada vez mais comum que isso aconteça, principalmente em assuntos relacionados a política e doutrina. Há pessoas que são como crianças, quando o assunto é política: se são contrariadas, fazem birra, cruzam os braços, e se recusam a ouvir quem lhes apresenta seus argumentos. São imaturos, e muitas vezes sem embasamento, mas eufóricos pelas paixões que têm pela ideologia ou forma de pensar à qual servem. Padronização do pensamentoÉ sobre essa padronização proposital e desenfreada que fala a música "Another Brick In The Wall" (Outro Tijolo Na Parede) da banda de rock do Reino Unido, Pink Floyd. Sobre essa forma de educação que apara as "imperfeições" do pensamento dos alunos, transformando-os em perfeitos seguidores daquilo que lhes é transmitido como verdade. É nessa direção que temos caminhado nos últimos tempos, e é contra isso que devemos lutar! Será que realmente vale a pena vendermos nossa opinião própria em troca de migalhas da opinião ou doutrina alheia? O custo desse escambo é muito alto: seu valor é a nossa liberdade, nosso direito inegável de termos uma opinião própria. Mesmo que seja falha, é indubitavelmente nossa, por carregar em si o peso das nossas experiências de vida e todo conhecimento e informações acumuladas ao longo do tempo. O perigo do pensamento próprio
A tão sonhada liberdadePor mais vil que seja um indivíduo, tudo que ele mais preza é sua liberdade, por isso quando cometemos algum ato infracional, somos privados dela. Necessitamos aprender seu valor e uso consciente e a melhor maneira de se fazer isso, é experimentar sua ausência. O mesmo se dá para o pensamento: só reconhecemos o valor da liberdade quando já estamos presos por uma ideologia maléfica, que nos rouba de nós mesmos, e substitui nossas ideias, por ideias dela. Nunca é tarde para se tornar à realidade. Sempre é tempo de receber a alforria, ou até mesmo, de se rebelar e fujir. Por isso, para a ação dos intolerantes, existe a Reação dos que anseiam continuar livres, e desejam essa liberdade também aos que amam. Mas este é um tema para outra postagem... Vinícius de Carvalho Duarte | [email protected] | @vcdzimba
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